Quando estávamos juntos
no aconchego
sentia-te liberta
de todas as tensões e amarras
Fazias surgir em mim
um fogo ardente
Quando inteira te entregavas
eu
sem fronteiras te correspondia
Ao sabor daqueles instantes
percorria teu corpo
e tu
descobrias meus caminhos
Nos doávamos sem limites
ao amor que era
só teu e meu
ÚNICO!
3 de novembro de 2011
9 de outubro de 2011
AMOR CLANDESTINO
Na clandestinidade
quis lhe fazer minha
porque me fiz seu
Tentei lhe cativar
tentei lhe fazer única
Quando tive você
[quase] fui feliz
mesmo tendo a certeza
de que nunca serias
inteiramente minha
quis lhe fazer minha
porque me fiz seu
Tentei lhe cativar
tentei lhe fazer única
Quando tive você
[quase] fui feliz
mesmo tendo a certeza
de que nunca serias
inteiramente minha
3 de outubro de 2011
MOMENTO DE SOLIDÃO
Eu me estreito
ela alarga-se
Fico inerte
ela inquieta-me
Sinto seu pulsar...
Tento escrever
esforço vão
No silencio das palavras
sempre a encontro
Solidão...
Solidão...
ela alarga-se
Fico inerte
ela inquieta-me
Sinto seu pulsar...
Tento escrever
esforço vão
No silencio das palavras
sempre a encontro
Solidão...
Solidão...
24 de agosto de 2011
DECISÃO
Chega de mentiras
[não sou dado a intrigas]
o sonho acabou
Não vou lamentar
com você
não posso mais ficar
Sozinho
vou seguir meu caminho
[não sou dado a intrigas]
o sonho acabou
Não vou lamentar
com você
não posso mais ficar
Sozinho
vou seguir meu caminho
14 de agosto de 2011
CAMINHOS PERIGOSOS
Percorrendo
os caminhos perigosos
de teus recantos
me sinto protegido
Me encontro
e me perco
no sabor
de teus pequenos seios
os caminhos perigosos
de teus recantos
me sinto protegido
Me encontro
e me perco
no sabor
de teus pequenos seios
3 de agosto de 2011
TEU SOLITÁRIO
Não sou ouro
nem sou prata
muito menos diamante
Sou apenas
um solitário
Simplesmente
teu solitário
nem sou prata
muito menos diamante
Sou apenas
um solitário
Simplesmente
teu solitário
16 de julho de 2011
MOMENTO DE INTIMIDADE
Provando da paz
e da inquietude
de um momento
em intimidade com meu próprio ser
tomei conhecimento
[por meio dos sentidos]
das perspectivas em relação a vida
E
de repente
eu não tinha mais medos
nem de fantasmas
nem de demônios
nem mesmo da morte...
e da inquietude
de um momento
em intimidade com meu próprio ser
tomei conhecimento
[por meio dos sentidos]
das perspectivas em relação a vida
E
de repente
eu não tinha mais medos
nem de fantasmas
nem de demônios
nem mesmo da morte...
12 de julho de 2011
VERSOS AUSENTES
Às vezes
vagando em pensamentos
com a alma de poeta
conto estrelas
e sinto a magia
da ilusão de amar
Me findo esquecido
nos versos de um poema
que não consigo escrever
vagando em pensamentos
com a alma de poeta
conto estrelas
e sinto a magia
da ilusão de amar
Me findo esquecido
nos versos de um poema
que não consigo escrever
11 de julho de 2011
DO AMOR PERDIDO
Aquele amor
nascido da incerteza
Na amargura cresceu
para na dor morrer
Foi daqueles
que,sempre,
se busca em vão
nascido da incerteza
Na amargura cresceu
para na dor morrer
Foi daqueles
que,sempre,
se busca em vão
4 de julho de 2011
REVELAÇÃO
Sozinho
em segredo
sem lágrimas
sem medo
vivo a ilusão de amar
Esse amor
que é só meu
é sonho que sobreviveu
Vivo porque ele
ainda existe em mim
em segredo
sem lágrimas
sem medo
vivo a ilusão de amar
Esse amor
que é só meu
é sonho que sobreviveu
Vivo porque ele
ainda existe em mim
2 de julho de 2011
ESCONDERIJO
Na minha poesia
- imitações ridículas e grosseiras
da arte de escrever em versos -
não agradam a ninguém
nem mesmo a mim...
Meus segredos [não] escondo
nela resisto
existo
Com vida ausente
caminho pelas ruas
vendo
vivendo
verdades duras
Com a morte à espreita
sinto-me estranho
- imitações ridículas e grosseiras
da arte de escrever em versos -
não agradam a ninguém
nem mesmo a mim...
Meus segredos [não] escondo
nela resisto
existo
Com vida ausente
caminho pelas ruas
vendo
vivendo
verdades duras
Com a morte à espreita
sinto-me estranho
5 de junho de 2011
IDEALIZAÇÃO
Na poesia
(quase tudo) idealizo
No amor
(quase) me realizo
Com o gozo
alimento o corpo
com o verso
a alma
(quase tudo) idealizo
No amor
(quase) me realizo
Com o gozo
alimento o corpo
com o verso
a alma
1 de maio de 2011
ECO
Cultivando quimeras
- na indesejável solidão -
com desejos cristalizados
ainda faço versos sufocados
Das peças que o destino pregou
pouco tempo restou
Da exasperante exiguidade
guardo em mim
um pedaço de ti
para meu sonhar nutrir
- na indesejável solidão -
com desejos cristalizados
ainda faço versos sufocados
Das peças que o destino pregou
pouco tempo restou
Da exasperante exiguidade
guardo em mim
um pedaço de ti
para meu sonhar nutrir
17 de abril de 2011
UM DESEJO
Hoje
acordei com uma vontade louca
de não dizer nada
de apenas sentir
...de tudo me permitir
Acordei
com vontade de você:
teus beijos
tuas carícias
teus gemidos
Acordei
com um desejo:
de meu corpo
ao teu entregar
acordei com uma vontade louca
de não dizer nada
de apenas sentir
...de tudo me permitir
Acordei
com vontade de você:
teus beijos
tuas carícias
teus gemidos
Acordei
com um desejo:
de meu corpo
ao teu entregar
10 de abril de 2011
IMPOSSIBILIDADE
Eu
na alma
o desejo da entrega
Na boca
a vontade de um beijo
molhado e intenso
No corpo
a inquietação de ousar
Você
nas mãos
os gestos vagos da indiferença
No olhar
a fragilidade
de poucas palavras
Como posso
te amar assim?
na alma
o desejo da entrega
Na boca
a vontade de um beijo
molhado e intenso
No corpo
a inquietação de ousar
Você
nas mãos
os gestos vagos da indiferença
No olhar
a fragilidade
de poucas palavras
Como posso
te amar assim?
4 de abril de 2011
PRESSA
Se em mim
ainda há sonhos por sonhar
quero na vida
minha agonia apaziguar
Se na minha impaciência
de tudo
agora tenho pressa
mais uma vez
o destino me prega uma peça:
Na espera de tua entrega
talvez
só me reste o tempo
de pra sempre te perder
ainda há sonhos por sonhar
quero na vida
minha agonia apaziguar
Se na minha impaciência
de tudo
agora tenho pressa
mais uma vez
o destino me prega uma peça:
Na espera de tua entrega
talvez
só me reste o tempo
de pra sempre te perder
28 de março de 2011
DO AMOR PERDIDO
Aquele amor
nascido da incerteza
Na amargura cresceu
para na dor morrer
Foi daqueles
que sempre em vão
se busca...
nascido da incerteza
Na amargura cresceu
para na dor morrer
Foi daqueles
que sempre em vão
se busca...
9 de março de 2011
EU TE QUERO
Eu te quero
em minha mesa
em minha cama...
Quero beijar-te aos poucos:
tua boca e teus seios
arrancando suspiros
Beijar-te toda:
teu ventre
tuas coxas
teu sexo
fazer-te estremecer
Quero ter-me em ti
- inteiramente em ti -
sobre ti
atrás de ti
sob ti...
Tornar teu prazer
meu prazer
em minha mesa
em minha cama...
Quero beijar-te aos poucos:
tua boca e teus seios
arrancando suspiros
Beijar-te toda:
teu ventre
tuas coxas
teu sexo
fazer-te estremecer
Quero ter-me em ti
- inteiramente em ti -
sobre ti
atrás de ti
sob ti...
Tornar teu prazer
meu prazer
2 de março de 2011
CONJUGAÇÃO VERBAL
Remanescentes lembranças
passado esquecido
De tanto sofrer
presente confuso
Em passos urgentes
rumo ao futuro
Na ânsia de viver
o tudo que [bom] seria
tornar-me realizado
na conjugação
do verbo amar
passado esquecido
De tanto sofrer
presente confuso
Em passos urgentes
rumo ao futuro
Na ânsia de viver
o tudo que [bom] seria
tornar-me realizado
na conjugação
do verbo amar
27 de fevereiro de 2011
VONTADE LOUCA
Muitas vezes
eu perdido
tendo a solidão por companhia
te busquei
com o coração torturado
Não te quero distante
ou talvez
em pensamentos
Na tua ausência
só me restou
a vontade louca de você
eu perdido
tendo a solidão por companhia
te busquei
com o coração torturado
Não te quero distante
ou talvez
em pensamentos
Na tua ausência
só me restou
a vontade louca de você
22 de fevereiro de 2011
ESTÁTICO
Parado
quieto
silente
lanço meu olhar
vazio
no azul imenso
Nada encontro:
respostas
meu amor
nem mesmo a mim
Sou inacabado
incompleto
perplexo
permaneço estático
até quando ela me encontrar
quieto
silente
lanço meu olhar
vazio
no azul imenso
Nada encontro:
respostas
meu amor
nem mesmo a mim
Sou inacabado
incompleto
perplexo
permaneço estático
até quando ela me encontrar
12 de fevereiro de 2011
ONDE ANDA VOCÊ?
Ando à toa
sempre a ti buscar...
Sei que não tenho mais nada
a viver
Não quero a tudo esquecer:
nem de você
tampouco de mim
Mas
na tristeza da solidão
a certeza única
de que viverei
e morrerei só
sempre a ti buscar...
Sei que não tenho mais nada
a viver
Não quero a tudo esquecer:
nem de você
tampouco de mim
Mas
na tristeza da solidão
a certeza única
de que viverei
e morrerei só
7 de fevereiro de 2011
BEIJO DA SAUDADE
Na tua ausência
perco-me em desvario
e todo meu sentir
se expõe em cruel nudez
Meus sonhos
- ingênuos -
revivem o amar
e trazem de volta
o intenso desejo
Dos lábios da imaginação
recebo um beijo da saudade
que deixa em mim
o doce sabor de teu gosto
perco-me em desvario
e todo meu sentir
se expõe em cruel nudez
Meus sonhos
- ingênuos -
revivem o amar
e trazem de volta
o intenso desejo
Dos lábios da imaginação
recebo um beijo da saudade
que deixa em mim
o doce sabor de teu gosto
25 de janeiro de 2011
POEMA IMATURO
Quando a noite
com seus mistérios
me invade
lanço à escuridão
pensamentos obtusos
Isolado
em austera solidão
das palavras sendo inseguro
nem a mim aturo
Com pensar adverso
busco em cada verso
a mim mesmo encontrar
Sufocando dores
espelho a alma
e deixo brotar
este poema imaturo
com seus mistérios
me invade
lanço à escuridão
pensamentos obtusos
Isolado
em austera solidão
das palavras sendo inseguro
nem a mim aturo
Com pensar adverso
busco em cada verso
a mim mesmo encontrar
Sufocando dores
espelho a alma
e deixo brotar
este poema imaturo
24 de janeiro de 2011
RECADO DAS MUSAS
Das nove filhas de Mnemosine e Zeus
algumas me enviaram recados
que inspiraram meu destino
Cada uma me legou um ditame
a me nortear o longo caminho
A primeira disse:
– “Tira o pó das ruas
Enxuga tua pele
Agradece pela água”
A segunda aconselhou:
–“Perfuma tuas mãos
Junta as duas em prece
e agradece pelo verso concebido”
A terceira ordenou:
– “Abre um livro e viaja
Viaja por outros mundos
e reflete sobre o que aprendeste”
Euterpe vaticinou:
–“De que adianta teres a alma
cheia de desejos
se teu coração anda só?
Seguirás sempre solitário...”
23 de janeiro de 2011
VERSOS INCONGRUENTES
Com pensamentos diversos
pinto meus versos
em tons diversos
Com palavras de sabor amargo
silencio
o meu triste fado
pinto meus versos
em tons diversos
Com palavras de sabor amargo
silencio
o meu triste fado
22 de janeiro de 2011
AUSÊNCIA
13 de janeiro de 2011
MUDO DESESPERO
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