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7 de setembro de 2013

ABSTRATO

Quase sempre
não estou onde estou


confuso
sinto-me abstrato

Sou ser vagante
entre sonhos
e quimeras

Nulo
não me percebo

Fico esquecido
em mim
e no verso
não concebido

24 de junho de 2013

AMOR MADURO

Quero te amar
despido de máscaras
e das indumentárias
que nos cobrem

Pelo contato do corpo
e da alma
te ver entregue
sem medos
e sem preconceitos

Com o coração
indiferente à idade
te sentir
me amando intensamente

12 de junho de 2013

DIA DO AMOR

O dia do amor
é curto
rápido

O amor
[Amado, sentido]
tem vida breve
intensa

Quando sua chama é extinta
sua luz
permanece na lembrança
[e na alma]
de quem um dia amou

8 de junho de 2013

LEMBRANDO PESSOA

"O valor das coisas
não está no tempo
que elas duram,
mas na intensidade
com com acontecem.

Por isso existem
momentos inesquecíveis,
coisas inexplicáveis
e pessoas incomparáveis".

[Fernando Pessoa]

27 de maio de 2013

MENTIRA

Pouco tempo se passou
e com ele
o "eterno amor"

As juras
não passaram
de tênues ruídos

Tudo foi mentira...

E a alma
que tanto se deu
viu-se perdida
e só

19 de maio de 2013

FUGACIDADE

De nada adianta
lutas vãs
ou acreditar em amores falsos
ditos em promessas enganosas...

Tudo que somos
tudo que acreditamos
confiamos
e amamos
um certo dia
[inesperado ou não]
quando a morte vier
silente e fria
tudo sumirá
como pó ao vento

11 de maio de 2013

OTÁRIO

O homem solitário
vai à rua
a procura não sabe de que

A esmo caminha
vagueia
coça o saco
sente-se um otário

5 de maio de 2013

BURLA

Na poesia curta
breve
rápida
o homem simples
vai
- na manhã que vem -
burlando a solidão
aprendendo a ser só

1 de maio de 2013

ALMA ALADA

Longe de mim
um sonho esculpi
que me trouxe
grande certeza de vida

28 de abril de 2013

SÚPLICA

Não te demores
[em me amar]

Meu tempo
é ontem
Meu futuro
é agora

Tenho pressa
[em te amar]

10 de março de 2013

PLANGENTE

Sou um animal
pequeno
desvalido
gemendo de dia
chorando a noite

No vazio noturno
Sou

22 de janeiro de 2013

DIAS ESCUROS

Silêncio na rua

Lá fora
a chuva cai

Aqui
[dentro de mim]
o Sol não brilha

A chuva molha o chão
na minha alma vazia
só tem solidão

2 de janeiro de 2013

TOLICE

Com aflição na alma
- pensamentos desordenados -
teima o parvo
em ter os sonhos alimentados

De um tempo de criança
- preserva na lembrança
um mundo de fantasia
para ter um pouco de alegria

Com ingenuidade
tenta romper
a solidez da (sua) inutilidade